Meu voluntariado no Brasil, Tabea Schär.
Eu estava muito animada para finalmente começar a aventura do voluntariado. Queria conhecer a cultura e o povo do Brasil e me lançar no trabalho com pessoas socialmente desfavorecidas. Por meio dessa experiência, queria descobrir se eu seria capaz de fazer tal trabalho por um período mais longo da minha vida.
Fui recebida calorosamente por Vaudete (responsável pelos voluntários da Milonga) e por todas as pessoas da Mariápolis Ginetta, comunidade do Movimento dos Focolares, onde fiquei alojada. Logo senti que fazia parte da equipe e da comunidade, e que era ali o meu lugar.
Gosto muito de estar perto das pessoas e o melhor dessa experiência para mim foi que pude estar todos os dias rodeada por elas.
O que me chamou a atenção nas pessoas da Mariápolis e também no escritório da SMF (Sociedade Movimento dos Focolari) é que os ambientes eram marcados pela alegria, honestidade e confiança. As pessoas têm um sorriso no rosto e se tratam com bondade e amor.
Procurei participar o máximo possível dos programas da Mariápolis. Como eu não falava português, tentei aprender tudo o que pude e estar em contato com as pessoas, mesmo que elas não falassem alemão ou inglês.
No projeto social do Bairro do Carmo, com as crianças, o idioma não foi um grande problema, pois assim que tiveram contato comigo já começaram a falar em português mesmo. Tentei ouvi-las e procurava transmitir o amor de Deus em minhas ações. E por isso ficava muito feliz de ir para lá e passar um tempo com elas.
O maior desafio foi morar sozinha em uma pequena quitinete, pois prefiro estar cercada de pessoas o tempo todo, e no silêncio surgiam rapidamente velhas inseguranças. Mas, ao mesmo tempo, foi uma das melhores coisas que poderia ter acontecido comigo, porque me deu uma nova profundidade com Deus. Eu tive muitos momentos de silêncio com Ele e consegui aproveitá-los muito bem.
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